Cantar o canto que se pede; evocar os mistérios; abrir os portais. Sustentar o caminho, segurando os ritmos dos passos. Apontar as belezas. Fazer piadas. Anedotar as veredas com a fala íntima dos lugares. Levar na pele a textura do solo e o tom da luz. Abrir a casa. Mostrar a mãe, o guarda roupa, as panelas. Dividir a comida, as crenças e as fogueiras. Ser parte. Sorrir e esperar a reação para as melhores histórias tantas vezes já contadas. Cantarolar discreto pelos estreitos. Suar. Suar. Carregar na mochila segredos, coisas de quem sabe o que não sei. Guiar, 2020
Desenhos e texto de Ana Luiza Rios |